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Troca obrigatória de galões de água gera atrito

Responsabilidade por custo hoje é arcada por distribuidoras, que exigem fidelidade

Gracieli Polak

CANOINHAS
Desde 1.º de setembro de 2009 uma portaria baixada pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) determinou ser de três anos o prazo de validade dos galões de água mineral utilizados no País. Desde então, os critérios em que a troca deve ser realizada está tirando o sossego de revendedoras de água e consumidores, causando discussão a respeito de quem deve pagar a conta pela substituição dos galões. Segundo a proprietária de uma revenda de Canoinhas, que preferiu não se identificar, as reclamações dos clientes têm sido inúmeras. “As pessoas têm de trocar os galões porque as distribuidoras não estão fazendo isso. O resultado é muita reclamação e muita confusão”, esclarece.
Não definida pela portaria, a responsabilidade da troca foi jogada de mão em mão por consumidores, revendas e distribuidoras de água. “O consumidor não deveria pagar a conta. Eu já comprei o galão, quem deveria substituir era a marca da água”, defende a consumidora Edivete Aparecida Soares, que consome três cargas de água por mês, em média, e teve de arcar com os custos de um novo galão em novembro, um custo de R$ 19.
De acordo com Marcos Antonio Gonçalves, proprietário de um supermercado de Canoinhas, os transtornos com a troca dos galões agora tende a diminuir. “O cliente não vai precisar mais comprar novos galões porque as distribuidoras estão fazendo a substituição, mas somente de suas marcas”, diz. Ele explica que, diante das reclamações, a empresa cedeu novos vasilhames, mas com o compromisso de restituir somente os de mesma marca.
FIDELIDADE FORÇADA
O compromisso de troca firmado pelas empresas obriga o consumidor a ser fiel à marca já consumida e impossibilita a compra de outra carga de água de marca diferente, situação que traz algumas dificuldades para os consumidores. Pedro Rodrigo Munhoz, funcionário de uma empresa da cidade tentou comprar água para o escritório nesta semana, mas não conseguiu. “Fui ao mercado que vende essa marca e a água estava em falta. Nos outros ninguém aceita”, reclama. “Eu não tinha reparado a marca do galão. Poderiam ser padronizados, assim evitaria esse tipo de problema”, sugere.
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